\ A VOZ PORTALEGRENSE: Wilhelm Gustloff e Günter Grass

quinta-feira, agosto 17, 2006

Wilhelm Gustloff e Günter Grass

Na gelada noite de 30 de Janeiro de 1945, o submarino soviético S13, comandado por Alexander Marinesko, atingiu com três torpedos o Wilhelm Gustloff, um barco alemão com cerca de 6000 pessoas a bordo, entre as quais 4000 crianças.
Todos eram refugiados de uma guerra e de um País que, à data, estava derrotado.
Somente uma centena, principalmente homens, se salvou deste horrendo naufrágio.
Esta tragédia marítima foi o tema escolhido por Günter Grass para o seu livro ‘In Krebsgang’, traduzido para português por Maria Antonieta Mendonça como ‘A passo de Caranguejo’ e editado pela então Editorial Notícias em Outubro de 2003.
Quando lemos o livro não ‘reconhecemos’ o autor d’ ‘O Tambor’ ou d’ ‘A Ratazana’, apenas se aproximava d’ ‘O Meu Século’.
Agora, através da leitura de elementos jornalísticos conhecidos sobre a sua autobiografia, intitulada 'Beim Häuten der Zwiebel' (Descascando a Cebola), percebemos que o Prémio Nobel da Literatura em 1999 se estava a metamorfosear.
A escolha deste Crime contra a Humanidade cometido às ordens do Comunismo Soviético, para enredo do livro, como que preparava a ‘confissão’ que agora surge. Günter Grass, sentiu a necessidade de justificar uma sua decisão política de juventude, e como que antecedeu esse facto público, escrevendo este livro.
Fraca coisa!
Mário Casa Nova Martins
*
Para conhecer a dramática história do Wilhelm Gustloff, é fundamental a consulta de ‘A Memorial to the Wilhelm Gustloff, by Jason Pipes’, em:
http://www.feldgrau.com/wilhelmgustloff.html
Por sua vez, existe um filme que relata este Crime, e pode ser encontrado em:
Nacht fiel über Gotenhafen