\ A VOZ PORTALEGRENSE: No Centenário de Hergé

sexta-feira, agosto 24, 2007

No Centenário de Hergé

MOULINSART. O castelo de Haddock
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Encarnar o Tintim
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Nada melhor para comemorar o centenário do nascimento de Hergé, o «pai» do Tintim, do que visitar um dos locais que mais marcou a criação da famosa banda desenhada: o castelo Cheverny, no Vale do Loire, em França.
No livro O tesouro de Rackham, o Terrível, Hergé fala pela primeira vez em Moulinsart, a casa do Capitão Haddock, herdada do seu antepassado, o Cavaleiro de Hadoque. Na realidade, este edifício é em tudo semelhante à 'maison Cheverny'. Das chaminés, ao telhado, passando pelas janelas, o corpo central e até o recorte dos jardins, todos os pormenores são réplicas desta construção do século XVII. A destoar, encontramos apenas a ausência dos pavilhões laterais, que ficaram de fora das pranchas do autor belga.
Mas é ao visitar a exposição "Os Segredos de Molinsart", patente no castelo, que nos sentimos realmente dentro de um filme animado. Aqui, a Fundação Hergé recriou à escala natural os desenhos do Tintim onde a casa do Capitão Haddock é retratada. Assim, podemos visitar o sótão onde Tintim foi enterrado em "O Segredo do Unicórnio", inter-agir com os objectos pessoais do jornalista-aventureiro ou experimentar o submarino em forma de tubarão que se encontra no Laboratório doprofessor TournesoL. Estes ambientes tornam obrigatória a visita de todos os aficcionados do Tintim ao castelo de Moulinsart… ou melhor, Cheverny.

Cheverny enquanto Noulinsart
Construído na primeira metade do século XVII e propriedade de Philippe Hurault, o Castelo de Cheverny é um exemplomodelar do estilo arquitectónico de Luís XIII, que se distingue pelas linhas perfeitamente simétricas e por ser um dos mais ricamente mobilados de todo oVale do Loire, situado a 250 km de Paris e a l5 km de Tours.
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Hergé
Georges Remi, mais conhecido como Hergé, nasceu em Etterbeek, na Bélgica, em 1907 e criou Tintim em 1929. A inspiração para a personagem veio do seu irmão Paul. Os álbuns de Tintim como de outros personagens criados por Hergé são lidos em mais de 40 línguas.

in, Diário de Notícias, Caderno DNverão, 24 de Agosto de 2007