\ A VOZ PORTALEGRENSE: fevereiro 2008

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Recorde

in, SÁBADO - N.º 200 - 28 DE FEVEREIRO A 5 DE MARÇO DE 2008 - p.19
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Uma segunda edição

Desabafos

O definhamento que as estatísticas mostram em termos demográficos em relação a Portugal é bem elucidativo.
As estatísticas da população portuguesa em 2006 prolongam as tendências comportamentais de longo prazo. Há menos nascimentos, menos mortes, menos casamentos, mais divórcios. O défice demográfico aumenta. Em vez de 2,1 nascimentos por cada mulher, valor mínimo que mantém a prazo o volume de população, houve somente 1,36 nascimentos (menos 57 377 do que seria necessário e menos 3 950 do que em 2005).
Portugal está a envelhecer e a desertificar-se em termos humanos. O interior do país cada vez é mais um deserto de gentes, enquanto numa faixa do litoral que vai do rio Sado ao rio Minho se aglomera a larguíssima maioria dos portugueses.
O Alentejo é cada vez mais uma Província sem habitantes. Todos os anos, o saldo entre nascimentos e mortes pende assustadoramente para valores altamente negativos. E a situação só tende a agravar-se.
Por mais que se anunciem políticas que visem inverter a situação, nada de concreto avança. O que se vê é cidades como Évora, Beja, Elvas e Ponte de Sor a absorverem gentes dos concelhos limítrofes, e tal acontece porque ou têm indústria, ou têm serviços, e conseguem criar postos de trabalho.
Já assim não acontece a Portalegre, que nos últimos anos viu fechar fábricas e não conseguiu cativar investimentos nesta área. Vê o seu comércio definhar, sem que se encontre solução para este declínio. Não luta pela deslocalização de Serviços, que se vão embora a um ritmo dramático.
E muito grave, não consegue que as gentes que terminam os cursos no seu Instituto Politécnico permaneçam na Região, por manifesta falta de oferta de trabalho.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 29/02/2008
Mário Casa Nova Martins

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Brisingr (Inheritance, Book 3)

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20 de Setembro de 2008
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Christopher Paolini Interview

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Capa do Terceiro Volume (versão em inglês)
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Capa do Segundo Volume (versão portuguesa)

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Capa do Primeiro Volume (versão portuguesa)

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Eragon Trailer

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Crónica de Nenhures

Frankfurt
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1€ = $1,505
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O Euro bateu mais um recorde face ao Dólar. Era esperado. E assim vai continuar até que as sondagens digam com uma certeza fiável quem vai ser o próximo Presidente dos Estados Unidos da América. Consoante a pessoa, assim o comportamento do Dólar. Todavia, a tendência é para a moeda americana continuar cada vez mais fraca.
Períodos de turbulência são esperados a médio prazo nos mercados financeiros. Com a introdução do Euro na Economia Mundial, sabia-se que o Dólar, como a principal moeda de troca das transacções internacionais, estaria com os dias contados.
Conhecia-se há muito a debilidade da economia americana, que estava “escondida” pelo facto da sua moeda funcionar como moeda padrão. Esse facto permitia aos EUA dividendos que utilizava para camuflar os seus défices comerciais. E o mesmo acontecera com a Inglaterra, quando a Libra era a moeda de referência
É importante para uma Europa em processo de transformação política e consolidação económica, ter a sua moeda forte. Desta foram, encontra-se menos vulnerável perante crises internas e sobretudo mundiais, agora que a economia é global.
Não será pacífica a substituição do Dólar pelo Euro. Os EUA sabem os custos que terão que pagar. Tudo farão para protelar este facto irreversível. Depois, convulsões sociais irão espalhara-se pela União, piores que no Crash de 1929. E agora os EUA não têm no futuro próximo a perspectiva de uma “Terceira Guerra Mundial” para inverterem a situação. O Iraque trouxe-lhe mais custos que a Guerra do Vietname.
A Europa vive um momento histórico. Com o Euro em alta e com as melhores perspectivas futuras, não será de espantar que Wall Street se “deslocalize” para Frankfurt am Main. E quando acontecer, será o renascer de “velhas” guerras!
MM

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Abencerragem

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Cartoon

Cartas para Além-Túmulo

Exposição

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Crónica de Nenhures

Fidel Castro em silicone, de tamanho real, transformado em zombie.
Do espanhol Eugenio Merino, exposto na 27.ª edição da
Feira Internacional de Arte Contemporânea Arco, em Madrid.
in, SÁBADO, N.º 199 – 21 a 27 de FEVEREIRO DE 2008, p.21
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Evolução na Continuidade
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Recentemente, quando a comunicação social perguntava aos exilados cubanos, em Miami, o que iria acontecer no pós-Fidel Castro, a resposta era invariável, “mais do mesmo”. De facto, em Cuba mudou a “mosca” Fidel para a “mosca” Raul. É que nem os apelidos mudaram!
Como é curiosa a mentalidade humana, perante situações idênticas, mas com protagonistas diferentes ideologicamente.
O Chile caminhava para uma ditadura comunista e os militares tomam o poder para o impedir. A esquerda mundial nunca “perdoou”. Passados anos, os mesmos militares entregam aos civis o poder, com um país politicamente estável, economicamente rico e socialmente pacífico à excepção de uma minoria esquerdista vingativa. O Chile vive desde então uma democracia estabilizada, em que as instituições funcionam, a começar pela Justiça, a qual julgou e condenou os excessos cometidos pelos militares durante a sua vigência no poder.
Cuba era uma República como tantas outras da América Central e do Sul, governada por um militar, o general Fulgencio Batista. Nada a distinguia de outras suas vizinhas. A economia era saudável para a região em que se inseria, sendo inclusive considerada a melhor das Caraíbas. As liberdades cívicas não eram plenas, como acontece em regimes militares de excepção, mas ainda assim o povo era livre de se movimentar, sendo importante referir que quando tomou o poder, Batista contou com o apoio do Partido Socialista Popular (Partido Comunista Cubano).
O Internacionalismo Comunista levou à conquista de Cuba por um grupo de guerrilheiros liderados por Fidel Alejandro Castro Ruz, que prometendo “o sol na terra”, conduziu Cuba é miséria económica, à maior ditadura de todo o Continente Americano, com milhares de presos políticos, mortos e desaparecidos no seu “currículo”, e a uma crise económica e social sem precedentes. E esta situação dura há quase meio século!
O curioso desta situação prende-se com o facto de à esquerda, Cuba e Fidel são “santos”, enquanto que à direita há muitos “tolos úteis” que sentem, não por Cuba, mas pelo ditador uma “sincera admiração”. A comunicação social portuguesa está nos últimos tempos cheia de “testemunhos” destes “direitistas” “fascinados” de e por Fidel, sempre dizendo que não há liberdades em Cuba, mas que Fidel sempre fez frente aos americanos, como se tal fosse “cartão de visita”!...
Mas não é só a estes que Fidel “fascinou”. Também as mulheres se prostam perante “el comandante”, que exerce nelas um fascínio sensual, lascivo, que só ditadores sanguinários conseguem. Aliás, o mesmo acontece ainda com o defunto Ernesto che Guevara, um guerrilheiro perito em fuzilamentos, sem Pátria, que lutou na América Central e do Sul e em África, a soldo do imperialismo comunista, vindo a morrer traído, segundo os seus seguidores pelo mesmo homem que depois lhe recolhe os ossos e lhe faz um enterro de Estado em país estrangeiro, Fidel Castro e Cuba.
As duas maiores acusações que se faziam ao Regime de Fulgencio Batista eram a corrupção e ter transformado o país num bordel. Hoje é público que em Cuba há corrupção a todos os níveis. Da alimentação ao vestuário, passando pelos medicamentos, não se consegue nada sem pagamentos “por debaixo da mesa”. O País está corrompido em todos os seus estratos sociais. E as estâncias balneares, que muitos portugueses visitam a custos baixos explorando o Povo e o País, têm da mais sofisticada prostituição, enquanto que nas outras zonas da ilha essa mesma prostituição, mais barata, é “tolerada”. Como a economia está de rastos, a verdade é que Cuba e os Cubanos estão piores com Fidel Castro & Irmão Raul, do que com Fulgencio Batista!
Pois é, não parecia!...
MM

domingo, fevereiro 24, 2008

Portugal no Mundo

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PS - Cardigos é uma freguesia do concelho de Mação, pertencente ao Distrito de Santarém, região Centro e subregião do Pinhal Interior Sul, e pertence à Diocese de Portalegre e Castelo Branco.

Poema


Esta noite sonhei oferecer-te o anel de Saturno
e quase ia morrendo com receio de que ele não
te coubesse no dedo

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Jorge de Sousa Braga
Poemas de Amor, Antologia de Poesia Portuguesa,
Organização e prefácio de Inês Pedrosa, Pub. D. Quixote

sábado, fevereiro 23, 2008

Francisco Lucas Pires (15/09/1944–22/05/1998)

Os Actos e as Palavras
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Celebram-se este ano duas efemérides ligadas a Francisco Lucas Pires. Um quarto de século passou após ter ascendido à liderança do Partido do Centro Democrático e Social, o CDS, em 20 de Fevereiro de 1983, e faz uma década que faleceu, a 22 de Maio de 1998.
Há muito esquecido, principalmente devido aos dez anos da sua morte, Lucas Pires como que ressuscitou para a vida política nacional. A comunicação social já começou a tarefa de recordar a sua passagem pela política portuguesa no pós-25 de Abril de 1974.
Mas a vida cívica de Francisco Lucas Pires irá começar bem antes. Provavelmente muito poucos, ou nenhuns, a começar pelos Seus mais próximos, quererão falar das experiências políticas de Lucas Pires na sua cidade natal, Coimbra, daqueles tempos de estudante, principalmente na Universidade de Direito, onde a sua inteligência era notada, bem como o seu activismo na Direita do Regime, com destaque para o trabalho na Cooperativa Cidadela.
Francisco Lucas Pires torna-se conhecido dos portugueses pelo seu desempenho político no CDS, onde prontificavam Diogo Freitas do Amaral, Adelino Amaro da Costa e Basílio Horta. É o tempo em que o centrismo era a ideologia dominante do partido, e Lucas Pires depressa se posiciona diferentemente.
Com a sua demarcação do dito centrismo, começa a conquistar a simpatia de muitas bases do CDS, e principalmente de inúmeras estruturas locais e regionais da Juventude Centrista. A lista encabeçada por Francisco Cavaleiro de Ferreira ganha o Congresso da JC em Viana do Castelo contra João Mattos e Silva, o que representa a derrota do establishment 'freitista' e a vitória do 'pirismo'. Porém no Congresso seguinte, em Tróia, um Congresso tumultuoso, vai perder o controlo da JC, ao Alexandre Sousa Machado e Teresa Almeida Garrett não conseguirem fazer vingar as suas propostas quanto ao regulamento dos trabalhos do Congresso, contra Luís Queiró.
Ganha o Partido em Congresso contra um dos delfins de Freitas do Amaral, Luís Barbosa, mas o “furacão” do cavaquismo destrói as esperanças de crescimento do CDS, e vai sair, sucedendo-lhe Adriano Moreira.
Começa outra fase da sua carreira política, com a ida para o Parlamento Europeu. Lá alcança prestígio, e começa a ter-se numa conta em que sente ser mais importante do que a função que desempenha, e inicia o ocaso político. Que se acelera quando, menos europeísta assumido, mais eurocrata convicto, se muda “de armas e bagagens” para o PSD.
No PSD nunca foi bem aceite, como ninguém que do CDS foi para este Partido sem Alma e de Interesses. Curiosamente diferente daqueles que do CDS se passaram para o PS, como entre tantos “bons” exemplos Freitas do Amaral e Basílio Horta…
Por fim, ia “descendo” na lista social-democrata de candidatos ao Parlamento Europeu. Não se sabendo se hoje não seria mais um desencantado pelo rumo que a Política seguiu em Portugal.
Nunca mais esqueceremos uma das últimas imagens que vimos de Francisco Lucas Pires. Era um dos muitos Congressos do PSD. Estava sozinho, sentado a meio da sala, numa coxia do lado esquerdo, virado para o palco. A sala encontrava-se semi-deserta, os trabalhos ainda não se tinham iniciado, gente passava e nem lhe dirigia a palavra. Ficámos tão desgostosos com o que víamos pela televisão, tanto quanto quando deixou o CDS. Mas sobre este facto, fica para outra altura.
Mário Casa Nova Martins

As Sete Partidas do Mundo

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LEIRIA - Portugal
Praça de Francisco Rodrigues Lobo
Edição da LIVRARIA DA MODA de Asdrubal M. Faria - Leiria
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Hoje a Marta faz anos, daí escolhemos este Bilhete-Postal de Leiria, Cidade que Lhe trás as melhores Recordações.
É uma maneira de Lhe desejarmos
Um Feliz Dia de Aniversário.
Mário
PS – Tem inscrita a data de 1/9/1966

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Desabafos

O número de famílias sobreendividadas não pára de crescer. A DECO, Associação Portuguesa para a defesa dos consumidores, é a entidade que mais tem dado a conhecer esta negra realidade, e continua a surpreender com o número de famílias e os valores em dívida.
Sendo tema-choque, certa comunicação social encontra na desgraça dessas famílias uma forma de aliciar leitores ou aumentar audiências. E quanto mais dramático e dramática se apresentar a situação, maior é a garantia de sucesso.
A desgraça alheia sempre “animou” aqueles que, como diz o povo, não a sentem na pele. Como este caso ainda não lhes bateu à porta, é fácil darem sentenças sobre os outros. Nunca conselhos, sempre acusações.
Mas, de certa forma, têm alguma razão. Quando as famílias consomem desenfreadamente bens que não são de primeira necessidade, e fazem a sua aquisição com “dinheiro de plástico”, não têm a noção da rigidez e inflexibilidade por parte das entidades financiadores, quanto a incumprimentos do pagamento de prestações.
Por sua vez, actualmente os bancos já não têm a exclusividade destes empréstimos, havendo empresas no mercado que também desempenham esta actividade altamente lucrativa.
A taxa de juro a pagar por este tipo de crédito ao consumo é alta, mesmo uma das mais altas da União Europeia, o que parece um paradoxo, dada a fragilidade da economia portuguesa, face à maioria dos seus vinte e sete membros.
Hoje em dia, quando a situação se torna insustentável, começa-se em casa por diminuir os custos da alimentação, para que publicamente a sociedade não conheça o que se passa, e só depois se corta naquilo que de imediato devia ter sido eliminado.
Mas dias piores estão para vir para as famílias portuguesas. Ao contrário das previsões, os juros para este tipo de crédito irão continuar a crescer.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 22/02/2008
Mário Casa Nova Martins

Évora no Ciberespaço


quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Sport Lisboa e Benfica

Hoje às 20 horas de Portugal, o Sport Lisboa e Benfica joga com o Nuremberga a passagem aos oitavos de final da taça UEFA.
Além do prestígio, está em jogo fazer o maior número de pontos possíveis para que na próxima época o Benfica, caso consiga ir à Liga dos Campeões, quando do sorteio, estar no pote dois.
Tudo o resto, vitória na Liga, na Taça UEFA, é uma miragem. Apenas resta a Taça de Portugal, hoje em dia sem qualquer interesse económico.
Diga-se, por fim, que em relação à época passada, o SLB deixou de estar nos vinte primeiros clubes que mais receitas geraram. Mesmo assim, é o clube português mais bem classificado neste ranking.
Que fique claro que, dadas as circunstâncias, o objectivo primeiro do Glorioso é o acesso directo à milionária Liga dos Campeões.
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À margem do futebol, que os Benfiquistas não esqueçam que a Equipa de Ciclismo está a disputar a
34.ª Volta ao Algarve.
MM

Fotografias do Carnaval do Rio de Janeiro – 2008, recebidas por mail, de A Outra Banda

Carnaval no Rio de Janeiro - 2008









By mail, from A Outra banda

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Histórias de Encantar

O gajo que não queria ir à tropa
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Texto verídico de um gajo que não queria ir à tropa
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Exm.º Sr. Ministro da Defesa,
Venho deste modo explicar-lhe uma situação delicada que tem vindo a ocorrer, de maneira a poder obter um eventual apoio vindo de Vossa Ex.ª.
Tenho 24 anos, e fui esta semana chamado para ir à tropa. Sou casado com uma viúva de 44 anos, mãe de uma jovem de 25 anos, da qual sou padrasto.
O meu pai, por seu lado, casou-se com essa jovem em questão.
Neste momento, o meu pai passou a ser o meu genro, uma vez que se casou com a minha filha.
Deste modo, a minha filha, ou chamemos-lhe, enteada, passou a ser a minha madrasta, uma vez que é casada com o meu pai.
A minha esposa e eu tivemos, no mês passado, um filho.
Esse filho tomou-se o irmão da mulher do meu pai, portanto o cunhado do meu pai.
O que faz com que seja o meu tio, uma vez que é o irmão da minha madrasta.
O meu filho é, portanto, o meu tio!
A mulher do meu pai teve no Natal um rapaz, que é ao mesmo tempo o meu irmão, uma vez que ele é filho do meu pai, mas o meu neto por ser o filho da minha enteada, filha da minha esposa.
Desta maneira sou o irmão do meu neto!
E como o marido da mãe de uma pessoa é o pai da mesma, verifiquei que sou o pai da minha esposa, e o irmão do meu filho.
Resumindo: sou o meu avô!
Deste modo, Sr. Ministro, peço-lhe que estude pacientemente o meu caso, porque a lei não permite que o pai, o filho, e o neto sejam chamados à tropa na mesma altura.
Agradecendo antecipadamente a sua atenção, mando-lhe os meus melhores cumprimentos.
Assinado: Jacinto Leite Capelo Rêgo
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By mail, from Atlântida

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Ver para crer!

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Crónica de Nenhures

Um bispo para o Alentejo
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Numa terra pequena e de “fim-do-mundo”, comenta-se a “ordem do dia”, mas em surdina. Não há coragem para em voz alta se dizer o que se pensa. Cometem-se os maiores atentados contra o património, a cultura, e todos se calam! Há corrupção, tráfico de influências, conhecem-se os "actores", mas tudo parece estar em ordem! Fundações surgem do “nada”, “nadando” em dinheiro ou dinheiros, com salários milionários para administradores e distribuição de subsídios pela a clientela, e quando alguém questiona, é logo “posto na ordem”, das coisas! O silêncio da comunicação social é “comprado” através da publicidade institucional, e as consciências consentem!

Évora tem novo arcebispo. Chegou de Portalegre, sem que por esta cidade se tivesse dado conta da sua passagem. E o mesmo aconteceu em toda a diocese de Portalegre e Castelo Branco. Na despedida desta cidade, no passado domingo 10 de Fevereiro, apenas houve missa na Sé, para que “enchesse” na despedida do bispo. Mas estava literalmente cheia, como se comprova pelas fotografias que os jornais locais inseriram nas edições seguintes!
Em Castelo Branco, em Abrantes e por onde se despediu, o bispo não conseguiu movimentar os católicos. Não deixou qualquer marca, nenhuma referência. Mas, também se diga que com a entourage que tinha, pouco se havia a esperar!...

Um dos maiores, se não o maior problema de um bispo que venha para esta diocese é a “qualidade” do clero, ou a falta dela. Mais grave que a idade, factor que é comum a todas as dioceses de Portugal, é a fraca aceitação que a maioria dos padres tem por parte dos seus paroquianos. Desfasados do tempo presente, tornam-se factores de retrocesso social, afastando o povo da prática religiosa.
Por outro lado, a constituição geográfica da diocese de Portalegre e Castelo Branco não corresponde à geografia política da área por onde se estende, a qual entra no Ribatejo, tem a parte norte do distrito de Portalegre e o distrito de Castelo Branco. Realidades muito distintas, que em vez de unirem, desunem.

Há uma luta para que Castelo Branco volte a ter bispo residente. Em Portalegre, este é assunto tabu. Mas Castelo Branco tem toda a razão. Tal como não é lógico que Abrantes faça parte da diocese de Portalegre e Castelo Branco! Ou, nos limites, não faz sentido que o Alentejo esteja dividido em dioceses, justificando-se apenas a existência de um bispo.
MM

Mário Mendes

Está de Parabéns o nosso Amigo Mário Mendes, Director do “Jornal de Nisa”, quando está a celebrar o seu décimo aniversário.

Um Forte Abraço de Parabéns!
Mário

éléments

Dossier :
On peut encore sauver l'Europe (Alain de Benoist)
L'Avant-garde européenne (entretien avec Henri de Grossouvre)
Articles :
Un blog pour penser sur internet ! (entretien avec Juan Asensio)
Le centenaire de Mircea Eliade (David Mata)
Hommage à André Gorz (Pierre Le Vigan)
La décroissance : Pour penser l'écologie jusqu'au bout ! (entretien avec Alain de Benoist)
La Nouvelle Classe n'aime pas le peuple (Jean Peusse)
Précisions sur le prophétisme de Jacques Attali (Yves Branca)
Une sociologie libératrice (entretien avec Carlo Gambescia)
La "colère" de Peter Sloterdijk (Fabrice Valclérieux)
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Chegou hoje o último número d´éléments

Malfeitor(es)

By mail, from A Outra Banda
ih! ih! ih!

domingo, fevereiro 17, 2008

Crónica de um Dia bem passado

Um Dia de outros Tempos
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Nunca assistimos a uma prova de Todo-o-Terreno, e muito menos tínhamos ido a uma Passeio, que nesta modalidade desportiva usualmente se faz. Contudo, esta semana fomos “desafiados” pelo nosso Amigo Rui Dias e irmos ao 5º Passeio TT de Vale do Peso, uma aldeia do concelho do Crato, a cerca de 20 km de Portalegre.
Aceitámos com um certo espírito de “aventura”, algo que com o avanço da idade começa a ser estimulante. E a dita começo com o encontro do grupo constituído por quatro jeeps e oito elementos, junto às bombas de gasolina da Galp do Domingos & Companhia para o café matinal. Depois seguiu-se pelos Fortios, cruzamento da Alagoa para Flor da Rosa, e aqui viragem à direita para Vale do Peso.
Chegados, foi tempo de confirmar a inscrição e tomar-se um sumo de cevada na Sociedade Progresso, agremiação local datada de 1920. Já munidos com o comprovativo da inscrição, tomou-se um pequeno-almoço a cargo da Organização no Salão Multiusos. Por volta das dez da manhã teve lugar o briefing, seguindo-se a partida para o 1.º Sector, que tinha a extensão de 17,500 km, sempre por terra batida, como convém, e com os motards em primeiro lugar.
No Road Book, ao quilómetro 5, está um obstáculo definido como “barragem”. Era uma pequena charca muito usual no Alentejo, que tinha que ser ladeada. Com é usual nestes casos, evidentemente que a passagem se faria por dentro de água, o que fazia aumentar a adrenalina, já um pouco “em alta”, graças aos obstáculos entretanto suplantados a uma velocidade “interessante”.
Então, o Passeio “parou”, porque vários “passaram e voltaram a passar”, ficando muitos deles “atascados”, sendo necessário retirá-los, o que se tornou num momento de espectáculo.
Findo o “divertimento”, lá se seguiu até ao final do Sector. Aí houve um tempo, curto de descanso.
O
Sector era para ter 22, 200 km. Mas uma caçada ao javali perto do Ramal de Cáceres, que passa junto a Vale do Peso, obrigou-o a encurtar cerca de 7 km.
A “dureza” desta segunda parte foi maior, o que “agradou”!
Regressados a Vale do Peso, seguiu-se o almoço no Salão Multiusos. Como “entrada”, tomatada de moelas. Depois comeu-se uma “grãozada”, que em Viseu chamávamos “rancho”, onde a orelha e outras partes menos “nobres” do porco foram “rainhas”. Acrescente-se que as duas “iguarias” estavam “inocentes” quanto aos temperos.
O “prato” seguinte deveria ser galinha do campo estufada. Porém, foi com a maior surpresa que se constatou que pelos lados de Vale do Peso as galinhas só tinham ossos pequenos, tipo de asas, e pele. Não se encontrou carne avícola! Além de desenxabida… A sobremesa era fruta do pomar local. Terminou o lauto almoço, tal como vinha “anunciado” pela Organização no Road Book, com um café.
Fazia ainda parte do Passeio um “porco assado”, que aconteceria lá para o final da tarde. Assim, findo o almoço, voltou-se novamente à charca para nova “ronda” de passagens e “atascansos”, para “alegria do povo”.
Mas, que a verdade seja dita: o porco assado estava divino! Acompanhado de pão tipo caseiro e de sumo de cevada, como já acontecera ao almoço e durante a tarde, honrámos o dito. Começámos pelos couratos, que diligentemente degustávamos. Só depois provámos a febra. O tempero, à base de ervas da região, dava-lhe um paladar soberbo. Estrategicamente colocados, ou não tivéssemos a “escola” coimbrã para estes “eventos”…, pudemos acompanhar o passar do tempo em companhia tal, que ficará guardada na nossa não fugaz memória gastronómica.
Ainda antes do regresso, novo café na Sociedade Progresso, e partida depois das nove da noite.
Antes de se chegar ao denominado, e perigoso, cruzamento da Alagoa, cortámos à direita para um caminho. É que se decidira fazer parte do regresso a Portalegre por caminhos de terra. Depois, atravessámos caminhos e cancelas, que abrimos e fechámos, tendo-nos perdido apenas uma vez. Chegámos aos Fortios, onde “entrámos” no alcatrão. Depois fomos para o Frangoneiro, e voltámos a entrar na terra até à Praça de Touros de Portalegre, continuando até à azinhaga das Caronas, onde o aparecimento do alcatrão “marcou” o fim da “aventura”, que terminou com mais um sumo de cevada no Clube dos Motards de Portalegre, na Rua Direita (5 de Outubro).
Foi um dia tão bem passado, que nos recordou outros idênticos, ao tempo em que éramos vice-presidente do Grupo Desportivo Portalegrense e responsáveis pela Secção Juvenil, junto com o nosso Amigo José Joaquim Ceia da Silva.
Por fim, duas notas. Embora anunciada, não houve a Prova de Vinhos, daí nunca termos “saído” do sumo de cevada. Encontrámos a Isabel, que há doze anos lectivos fora nossa Aluna na Escola Secundária Mouzinho da Silveira, acompanhada das duas Fillhas, a mais velha já no quarto ano..., o que nos fez sentir, menos novos...
Mário


Aniversário

Mário

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Sétima Legião

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Sete mares

Desabafos

Na passada terça-feira, o presidente da República recebeu o bastonário da Ordem dos Advogados. Como tema da reunião, as afirmações de António Marinho e Pinto sobre corrupção em Portugal, objecto de mais de um discurso de Aníbal Cavaco Silva.
A corrupção em Portugal galopa em todas as direcções. Parece que já não é possível combatê-la, e muito menos derrotá-la, sendo cada vez mais um combate perdido para a sociedade.
Pode-se fazer um paralelo com o combate à droga. São públicas as mediatizadas grandes apreensões de droga, mas é a “arraia-miúda” que é apanhada e presa, nunca nenhum dos denominados “tubarões da droga”. O mesmo está a acontecer no combate à corrupção. Falam-se de casos, esta semana e uma vez mais de desvios de dinheiros comunitários para a formação profissional na área das pequenas e médias empresas, serão tornados públicos os nomes de alguns pequenos “desviadores”, mas os grandes beneficiários da fraude nunca serão incomodados.
Lembrando ainda Marinho e Pinto, as suas declarações mereceram por parte dos visados as maiores acusações, como se de “virgens impolutas” se tratassem. Mas é verdade o que o bastonário afirmou. Há um descarado tráfico de influências entre o público e o privado. Que vai do Governo às Autarquias.
As relações entre o poder político e o poder económico geram a corrupção. Mas há leis para combater essa promiscuidade, só que outras contrariam as primeiras, tornando a Justiça incapaz de agir. Como convém às partes.
E como exemplo mais corriqueiro estão as derrapagens nos orçamentos das obras públicas, sem que nenhuma entidade ou alguém seja responsabilizado. E quantas alterações dos Planos Directores Municipais (PDM's), sem se perceber os porquês, ou não?
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 15/02/2008
Mário Casa Nova Martins

Memória

Dresden,13 a 15 de Fevereiro de 1945

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Poema

Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.

Manuel António Pina, AMOR COMO EM CASA,
Poemas de Amor, Antologia de Poesia portuguesa,
Organização e prefácio de Inês Pedrosa, Pub. D. Quixote

As Doze Palavras da Marta

Hércules matando a hidra no Segundo Trabalho
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Não são os Doze Trabalhos de Hércules, muito menos os Doze Trabalhos de Asterix…, é apenas o Desafio da escrita de, como diz a Marta, “doze palavras, que sejam as minhas preferidas”.
Serão estas que abaixo escrevo?
É difícil de dizer. Mas todas significam algo de importante para mim, daí a sua escolha.
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ElaA que Amei, Amo e Amarei

Amor
Doce como o Mel, amarga como o Fel

DorO que faz Crescer, o que Liberta

VidaUm Dom, uma Bênção

SentidoA Vida sem um sentido, é um Caminho sem retorno

MarAzul na bonança, Cinzento na tempestade

RioO Fluir dos sentidos, o Pulsar do coração

CoraçãoA Emoção, o Prazer

CérebroA Razão de existir, o Despertar para o real

RealO Concreto, a Angústia

AbstractoImaginar, Sonhar

Possuir – O Desejo Maior, Ela!

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Leilão

A denominada Colecção do Comandante Vilhena era na época célebre, quer pela variedade de peças, quer pelo seu valor.
O banqueiro Jorge de Brito adquiriu-a. Tendo falecido, é agora a vez de regressar ao mercado.
Este Catálogo é a I Parte. Desconhecemos, quantas mais haverá.
Da análise ao Catálogo, ficámos fascinados pelas Obras que contém, algumas que desconhecíamos, outras de que há muito ouvíramos falar mas cuja raridade fazia com que nunca as tivéssemos encontrado e menos ainda visto reproduzidas.
MM

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Prémio

Pois é, em curto espaço de tempo, a Marta voltou a falar d’A Voz.
Fico contente quando Ela fala, mas desta vez “encabulei”. É que com muito Carinho “repetiu” a nomeação deste Casa para um
Prémio, “YOU MAKE MY DAY/MUITO BOM”.
Não se faz!...

Obrigado.
Um Beijinho para a Marta.
Mário
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11 Fevereiro 2008

Prémios
A Carla do blog
Palavras em Desalinho, mais uma vez, por ser minha Amiga, deu-me um prémio:
YOU MAKE MY DAY/MUITO BOM
Ora mais uma vez tenho de passar este prémio a 10 blogs.
Vou-me repetir um pouco.
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Funes el Memorioso, que foi hoje operado. As suas melhoras Funes, rápidas de preferênciaNão há post do Funes que me não faça ganhar o dia.
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Ardósia Azul, fico sempre mais rica, porque me desperta a sensibilidade e me desperta também para problemas.
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A Voz Portalegrense, sempre atento tanto à cultura como à política, e por vezes com muito humor. Atingiu hoje o post 1.500.
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Folhas de Gaveta, encanta-me. Ganho o dia.
- Palavras em Desalinho, definitivamente um blog que também me encanta, apesar de novíssimo, onde me sinto chegada a casa.
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Páginas da Nossa Vida, um blog que conta das mais belas e reais histórias de amor. Sou uma romântica.
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O meu cais, um outro blog de imensa sensibilidade. Uma mulher de alegrias, silêncios e por vezes nostalgias. Uma beleza.
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Os Meus encantos, onde fico sempre encantada, sensibilizada, triste, alegre, angustiada, feliz, que me traz sempre memórias.
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Inséte, uma maneira sarcástica de de falar do nosso dia a dia, cultural ou político. Um poeta e bom, para mim.
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Migalhas, identifico-me com as ideias e maneira de pensar da autora. Consegue pôr as mais belas palavras no meu pensamento.
anotado por marta às
9:34 PM 6 claras em castelo
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Momento histórico


Cavaco Silva toma posse

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Postal 1.500

_ Je crois fermement que le plus grand bonheur dont puisse se saisir un esprit humain est la poursuite de la vérité.
(Charles Maurras)

Crónica de Nenhures

Causas & Consequências
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Causa a maior estranheza o facto da antiga colónia portuguesa de Timor ser tão cobiçada. As cobiças mais recentes aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial por parte dos Japoneses, depois durante o processo da descolonização pelos Indonésios, e a estes seguiram-se os australianos.
Exíguo em termos de tamanho, densamente poupo povoado para região, sem interesse geoestratégico, então qual a razão de tanto interesse?
É o denominado Mar de Timor a única razão de ser deste Estado independente. As riquezas que esconde em hidrocarbonetos e gás natural, justificam por todos os motivos e mais algum, a cobiça estrangeira.
Como aconteceu em todas as colónias, à excepção do Brasil, Portugal nunca explorou em proveito próprio as suas riquezas naturais. Se delapidação houve, foi da responsabilidade das então potências marítimas, primeiro a Grã-Bretanha e depois os EUA, que aproveitaram a debilidade geopolítica de Portugal para na “qualidade” de “protectores” fazerem usura das riquezas indígenas.
Assim, Timor continuava virgem até que a Austrália se interessou pelas suas riquezas naturais. É então que a Comunidade Internacional se insurge contra a ocupação Indonésia, e que Timor alcança a independência sob o apoio de Portugal.
Mas de imediato Portugal é afastado pela Austrália. O próprio Governo de Timor, que resulta dos guerrilheiros da FRETILIN liderados por Xanana Gusmão, ainda nas matas, já estabelecera acordos económicos com Canberra. Hoje Timor não passa de um Protectorado Australiano!
E a tentativa de assassinato do Presidente José Ramos Horta e do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, perpetrada hoje em Dili, é consequência de “assuntos de família mal resolvidos”.

Por outro lado, questões
a propósito de “quem instrumentalizou quem”, fazem o maior sentido.
Não tem sido transparente a Democracia em Timor. A sucessão de Xanana na Presidência da República por Ramos Horta, e a sucessão de Ramos Horta como Primeiro-Ministro por Xanana Gusmão, não é aceitável numa “Democracia adulta”. Mas tal aconteceu em Timor!
Há uma grande promiscuidade entre economia e política. Não há transparência nos negócios de Estado, porque não há economia privada em Timor, e as multinacionais que exploram os recursos Timorenses.
E a tudo assiste a Presidência da República e o Governo de Portugal, sem que tenham a coragem de denunciar o que se passa em Timor. Este País continua sem Escolas, sem Hospitais, sem infraestruturas viárias, tão necessárias ao desenvolvimento de um País. A economia é fraca porque tudo depende de ajudas internacionais. A própria Igreja Católica que tão determinante foi no período anterior à independência, tendo vindo a perder protagonismo, confinando-se cada vez mais à gestão corrente das suas Paróquias.
Mesmo, felizmente, tendo fracassado o famigerado assassinato dos líderes máximos do País, a Paz em Timor não é um dado adquirido. Continua por lá muito medo e muito ódio. E muitos interesses inconfessáveis, económicos, principalmente. Que Timor nunca venha a ser comparada à italianíssima Sicília! A Sicília do Oriente.
MM

domingo, fevereiro 10, 2008

As Sete Partidas do Mundo

VILA VIÇOSA (Portugal)
Paço Ducal e estátua de D. João IV
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A cerca de oitenta quilómetros de Portalegre, tempo houve em que pela primavera era “passeio de domingo”.
Antes passava-se por Borba, terra de Antiquários e também de vinho.
Agora, há mais de uma década que lá não vamos.
Mas esta semana é justo lembrar o Paço dos Duques de Bragança.
A memória do Regicídio nunca poderá ser olvidada!
O postal tem a data de 23 de Agosto de 1967.
MM