\ A VOZ PORTALEGRENSE: outubro 2008

sexta-feira, outubro 31, 2008

Desabafos

Quatro números, seiscentas páginas, quarenta colaboradores. Criada no ano de 2005, a média dá a saída de uma revista por ano. Estes são, até hoje, os números da «Plátano – Revista de Arte e Crítica de Portalegre».
A cerimónia de lançamento do seu «Número Quatro – Outono de 2008», é amanhã, sábado dia 1 de Novembro, pelas 16.00 horas, na Biblioteca Municipal de Portalegre.
A revista «Plátano» será apresentada por Carlos Juzarte Rôlo. Seguem-se três Conferências sobre o tema “Formas de Cultura em Portalegre”, a cargo de Avelino Bento, Fernando Correia Pina e Carlos Garcia de Castro.
Até ao momento, e é aconselhável falar-se de “ontem”, a «Plátano» foi bem aceite pela Comunidade. Os três números anteriores encontram-se esgotados, e pese embora a verdade de uma tiragem diminuta, o ser uma revista de Cultura e esgotar, é de realçar.
Houve o cuidado de deixar fluir o tempo em relação à «Plátano». Com a maior discrição, mas com uma vontade imensa que fosse lida, mais que conhecida, passaram-se quatro anos. Amanhã, com a apresentação pública, como que atinge um outro patamar. Agora, a sua responsabilidade perante quem a irá “consumir” aumentará.
O facto da «Plátano» ser uma revista auto-sustentada, isto é, existirá enquanto tiver quem a compre, porque não é subsidiada por nenhuma entidade pública ou privada, mais acresce a importância da qualidade como factor primeiro para que tenha futuro.
Tal, é desafio aliciante e enriquecedor para Aqueles que já hoje sentem a «Plátano» também como sua, e nela e com ela colaboram.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 31/10/08
Mário Casa Nova Martins

quinta-feira, outubro 30, 2008

Revista Plátano

João Marchante

Um Blogue de Culto, e Culto, Eternas Saudades do Futuro, hoje, 30 de Outubro, considera esta Casa “Blogue do Dia”.
A distinção, vinda de onde veio, é um orgulho para A Voz.
Bem-Haja
João Marchante.
Mário

Do Alfarrabista

Interessante este livro intitulado «Descendência de El-Rei O Senhor D. João II», chegado do Catálogo Bibliográfico de Outubro da Livraria Lumière, do Porto.
Lê-se na «Justificação deste trabalho», que saiu em 27 de Junho de 1945, que as razões do Marquês de Lavradio se prendiam por este facto:
_ “Passaram-se anos e tendo vindo a Portugal um Espanhol que se intitula Duque de Aveiro, levantou-se polémica sobre a actual representação desse título”.
Nada mais Nobre e Patriótico o motivo do Trabalho do Marquês de Lavradio.
*
O Marquês de Lavradio publicou as suas Memórias, documento de um interesse extraordinário para o conhecimento dos factos e da época em que viveu.
Esgotadíssimo, as Edições Ática reeditaram-no em 1993.
Por fim, diga-se que o Título dos Condes de Portalegre está na Casa de Lavradio.
Mário

quarta-feira, outubro 29, 2008

Revista Plátano

in, ALTO ALENTEJO, 29 de Outubro de 2008, pg. 4

Hergé

O álbum «Le crabe aux pinces d’or» sai em 1941. E o primeiro filme de animação, “avec poupées de chiffon”, sobre Tintin é justamente sobre esta obra.
Além de hoje ser um documento histórico, tem ainda a particularidade de se basear no original, ainda sem as alterações que Georges Remi irá introduzir, na linha do politicamente correcto.
É aqui que surge pela primeira vez o Capitão Haddock.
Mário

Hergé


terça-feira, outubro 28, 2008

Crónica de Nenhures

O Indesejável
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As eleições em Portugal revelam factos que de outra forma não seriam perceptíveis. Os dois últimos actos eleitorais aconteceram nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Em ambos os actos, o CDS obteve resultados que em muito contrariam as continuas sondagens feitas em Portugal.
Enquanto quer as sondagens dão percentagens muito perto dos dois por cento, continuadamente, o Partido obtém na Madeira e nos Açores valores acima das expectativas.
Se é certo que na Madeira teve o PND como “concorrente” e nos Açores concorreu “sozinho”, também não deixa de ser verdade que a realidade mostrou que há “vários” CDS’s.
Na Madeira e nos Açores, o Partido tem autonomia. E tem também líderes credíveis, condição para que os resultados positivos aconteçam.
Todavia, o mesmo não se passa no Continente, onde um líder, desgastado e descredibilizado por uma passagem pelo Governo com muitos casos negativos, confere à Sociedade Portuguesa uma imagem negativa de “agarrado” ao Poder.
Paulo Portas foi uma “sombra” que passou pela Madeira e pelos Açores. Os aparelhos regionais tiveram todo o protagonismo, facto que possibilitou os bons resultados obtidos. O líder nacional do partido em nada contribuiu para que o CDS seja uma força política respeitada e aceite por Açorianos e Madeirenses. Uma lição a tirar.
Agora Paulo Portas deu um salto para o precipício, ao antecipar as eleições directas e o Congresso do CDS. Nas duas situações políticas vai vencer sem oposição. Mas não são estas as vitórias que o CDS precisa!
Uma vez mais, Paulo Portas “molda” o CDS à sua imagem e vontade. Um erro que lhe vai sair caro.
Mário Casa Nova Martins

Ferreira de Castro

domingo, outubro 26, 2008

Mário Silva Freire

Tempos atrás falei de um antigo Professor, o Dr. Francisco Calado Godinho Barrocas. Um Amigo, um Homem de um Saber Enciclopédico, que jamais a minha Memória esquecerá.
Agora recordo outro Professor, também um Amigo, o Dr. Mário Silva Freire.
Foi meu Professor de Ciências da Natureza, no então Liceu Nacional de Portalegre e nos então 3.º e 4.ºs anos.
Quando chegou a
Portalegre, inovou. As suas aulas eram participativas, fazíamos trabalhos de grupo, trabalhos de campo. No 3.º ano dissecou o coelho, o pombo, a rã. As Ciências da Natureza eram uma disciplina em que se aprendia e se convivia.
Os anos passaram, mas aqueles dois anos lectivos deixaram uma marca profunda. Mesmo fora de Portalegre, quando nos encontrávamos, sempre tínhamos um diálogo franco e enriquecedor. Quando regressei a Portalegre, em breve retomámos a Amizade, a ponto do Dr. Mário Freire me vir a convidar para a
Comissão Diocesana Justiça e Paz Portalegre – Castelo Branco, da qual é o Presidente.
Também me convidou para um projecto, ousado, ao qual espero vir a saber corresponder.
Sem saudosismos, é bom lembrarmos Tempos e Gentes que um dia conhecemos, e que o são Exemplo para nós e para a Sociedade em que vivemos.
Mário Casa Nova Martins



sábado, outubro 25, 2008

I Encontro de Blogues Nacionalistas

I ENCONTRO DE BLOGUES NACIONALISTAS
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Cantanhede
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Sábado, 29 de Novembro de 2008

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Uma oportunidade de convívio e de troca de experiências.
Inscrições abertas AQUI.
Há leitão e vinho da Bairrada.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Desabafos

Se os europeus votassem nas eleições presidenciais americanas, o Partido do Burro ganhava sempre. Compreende-se esta situação com os complexos de inferioridade da Europa perante os EUA, que nas duas Grandes Guerras Mundiais atravessaram o Atlântico para, defendendo os seus interesses, apoiarem o lado que mais lhes convinha.
Mas desta vez também defendemos que o candidato do Partido Democrático ganha ao candidato do Partido Republicano.
Se o Partido do Elefante está fragilizado por oito anos de Administração Bush, também John McCain não inspira confiança quer pessoal, quer política. Envolvido com as políticas da Administração Bush, a sua eleição seria a evolução na continuidade, e principalmente na política externa um clone de Bush.
Barack Obama será um presidente com uma herança pesada. Os EUA estão em recessão económica, e com uma imagem de declínio político, económico e social perante o Mundo. O Sonho Americano é uma quimera, a realidade suplanta a ficção quando queremos imaginar o País das Novas Fronteiras, das Grandes Oportunidades.
A América de Obama vai ter um “duro acordar”. Para vencer a crise que a assola, vai ter que “olhar para dentro” e deixar-se de expansionismos económico-militares. O tempo da “política da canhoeira” há muito que acabou. A guerra no Afeganistão e no Iraque não foi vencida. Os adversários dos EUA estão mais fortes que nunca.
E a Europa é cada vez mais uma ilha, onde o Futuro é mera recordação de uma opulência colonial bafienta e bolorenta!

in, Rádio Portalegre, Desabafos, 24/10/08
Mário Casa Nova Martins

SLB

quinta-feira, outubro 23, 2008

Terras do Carmo

Nossa Senhora do Carmo
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Apresentação do “Terras do Carmo
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Por diversas circunstâncias da vida, adquiri o gosto de ler blogues.
Por vezes, prejudico a leitura dos imensos livros que emolduram a minha biblioteca pessoal.
Porém, comecei a sentir cada vez mais vontade de partir para uma aventura deste género.
Procurei encher-me de coragem e trazer algo, que na medida do possível, seja agradável de leitura, com textos minimamente com nexo e conteúdo verosímil.
Importa que traga algo diferente, formativo e informativo, mas sobretudo divulgador da nossa linda Moura, das suas gentes, deste Alentejo grande como um abraço.
Reflecti profundamente no nome do blogue. Vários ocorreram-me.
Lembrei-me que nos tempos da Universidade, efectuei diversos trabalhos académicos sobre Moura e, em particular, sobre o Convento do Carmo.
Saliente-se que Moura cresceu sob a influência e a égide da Ordem do Carmo.
Estas foram as autênticas “
Terras do Carmo”, com toda a sua nobreza espiritual e galhardia de um povo, rico de saberes e História.
Aquiesce-se o facto, da memória da minha saudosa avó Maria do Carmo pesar, pelo seu exemplo, em todos os meus actos quotidianos, sociais ou profissionais.
Estava escolhido o nome: “
Terras do Carmo”!
Este será um espaço para os meus conterrâneos mourenses e para os meus patrícios alentejanos.
Logo o “
Terras do Carmo” terá uma vertente mourense e regional.
E por aqui fica? Não.
A Cultura, a Literatura, a Educação, a História, a Língua Portuguesa e outras áreas não têm fronteiras...
Nesta perspectiva, o blogue “Terras do Carmo” será de âmbito nacional.
Por fim, devo reconhecer que muitos filhos de Moura enriqueceram o património pessoal, literário, sacerdotal e arquitectónico da Igreja Católica.
Por consequência, o blogue “
Terras do Carmo” tem uma inspiração católica.
Por amor a esta cidade de Moura, pelos mourenses e alentejanos da diáspora, aqui se inicia este neófito blogue.
Como bom mourense, torna-se evidente que a Padroeira deste blogue é Nossa Senhora do Carmo.
Ei-lo: “Terras do Carmo”!
Carmo Moura

Miradouro



Portalegre não tem tradição na edição de revistas. Ao contrário, contam-se pelas dezenas os títulos de jornais que fazem parte da História da Imprensa em Portalegre.
Mas no ano de 1989, a excepção surgiu com a revista «Miradouro». Entre Junho e Outubro saíram três números da «Miradouro».
Propriedade da PUBLIARVIS, Publicidade e Artes Visuais, Lda., tinha como Director António Martinó Coutinho, e no Conselho de Redacção figuravam António Ventura, Aurélio Bentes Bravo, Carlos Garcia de Castro, Luís Bacharel e Maria de Deus Bravo.
Qualquer dos números teve uma tiragem de 1.000 exemplares e um custo unitário de 150$00.
À época, muitos colaboraram na «Miradouro», como é o caso de António Martinó Coutinho, António Ventura, Aurélio Bentes Bravo, Carlos Afonso, Carlos Garcia de Castro, "Fénix", Hélder Pacheco, Henrique Videira Costa, Isilda Garraio, José Guilherme Madeira Maduro, José Heitor Patrão, J. Martins dos Santos Conde, Luís Bacharel, Manuel Inácio Pestana, Maria de Deus Bravo, Maria Guadalupe, Maria Helena Freire, Maria Manuela Mendes Dias, Maria Tavares Transmontano, Mário da Cruz Mouro, Mário Freire, Sérgio Palma, Rui Manuel Dias Loução, Rui Real, "Zé Ninguém".
A larga maioria "repete" todos os números, mas diminui o número de colaboradores do primeiro para o último. Alguns já faleceram, outros deixaram a escrita. Uma época da História da Cultura em Portalegre.
Entretanto passaram dezanove anos.
Capas simpáticas, abordando no interior temas que a Comunidade sentia como próximos, deixou um vazio, pese embora a curta vida. Uma revista amável.
Hoje, recordá-la é trazer do Passado uma Semente, e dar-lhe Vida.
Mário Casa Nova Martins

quarta-feira, outubro 22, 2008

Malato Correia

in, miradouro, MENSÁRIO DE PORTALEGRE E DO NORTE ALENTEJO
Nº 3 – Setembro/Outubro de 1989, p. 29
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Francisco António Malato Correia

terça-feira, outubro 21, 2008

Plágio

PURGATÓRIO Plágios
NADA TENHO contra plágios. Desde que os plágios sejam criativos e, como diria Dryden sobre Jonson, possam construir novos mundos sobre velhos autores. T.S. Eliot, o maior poeta do século XX (opinião pessoal), provavelmente não existiria sem roubos divinos a poetas menores, como o esquecido Madison Cawein. Lytton Strachey, que praticamente fixou para a posteridade a imagem que hoje temos dos vitorianos, roubou vasta e impunemente aos seus pares (como Edward Tyas Cook ou A. P. Staniey, que obviamente não deixaram rasto). Só os plágios preguiçosos me incomodam: a cópia pura e simples, sem nenhum esforço de criação ou continuidade. É como entrar na casado autor, roubar-lhe as pratas — e nem sequer deixar uma gorjeta, uma palavra, um obrigado.
Há duas semanas, num exercício que define a inteligência da tribo e a cultura de rapina que por lá abunda, o «Jornal de Angola» resolveu transcrever e mutilar um artigo meu (da «Folha de São Paulo») atribuindo a autoria da coisa à BBC. Agradeço a honra da nobilitação anglófila; mas seria assim tão difícil roubar-me o texto e, já agora, disfarçar com competência a natureza do acto?
Tudo ao contrário de Rui Cartaxana, o veterano cronista do «Record», a quem envio um grande abraço. Mostrando esforço e até respeito pelo original, Cartaxana leu o meu texto sobre o programa Liga dos Últimos (publicado há duas semanas no «Expresso») e depois reescreveu o dito com certo «panache», sem, no entanto, conseguir ocultar inteiramente a tese, a estrutura e algumas frases ou expressões deste plumitivo que vos fala. Em Angola, rouba-se; em Portugal, pede-se emprestado. Talvez esta diferença seja a melhor definição sobre o antigo colonizador e o antigo colonizado.
João Pereira Coutinho
in, 22 REVISTA ÚNICA - 18/10/2008 - Expresso

Nuno Faritas Lobo

Prémio Dardos

Com o Prémio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Os selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.
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Quem recebe o “Prémio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:
1. - Exibir a distinta imagem;
2. - Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio;
3. - Escolher quinze (15) outros blogs a que entregar o Prémio Dardos.
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A
Minucha teve a bondade de nos incluir na Lista que elaborou.
A
Ela, agradecemos!
Sem querermos ser politicamente correctos, atribuímos o “Prémio Dardos” a todos os Blogues que temos linkados.
Se Eles o estão, é porque Neles também nos revemos.
É verdade que alguns já não estão em actividade, mas continuam porque mantêm os Arquivos, que são fonte de Saberes como Memória para o Futuro.
Os outros são de visita diária. Uma visita sempre enriquecedora!
Mário Casa Nova Martins

segunda-feira, outubro 20, 2008

Crónica de Nenhures

O exemplo dos Açores
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Ontem os Açores deram uma verdadeira lição de Democracia. Ao ter sido alterado o sistema eleitoral, de três partidos com assento parlamentar, com as novas regras passou-se a seis. Se antes PS, PSD e CDS estavam representados, agora além destes também o BE, o PCP e o PPM.
Com a criação de um círculo especial que “recolhe” os votos dispersos que não serviam para eleger qualquer deputado regional, o CDS viu a sua representação acrescida, e os outros três, PPM, PCP e BE, passaram a fazer parte da Assembleia Regional dos Açores.
Se o mesmo acontecesse no Continente, a Democracia seria melhor vivida e representada.
Mas os grandes vencedores da noite são sem dúvida o BE e o CDS.
O BE nunca estivera representado, e como se tal não bastasse, alcançou mais um deputado que o rival PCP. A extrema-esquerda ficou com três representantes.
O CDS, moribundo no Continente, que não na Madeira, como que ressuscita nestas eleições. Nelas alcança o segundo melhor resultado de sempre nos Açores e passou de um para cinco deputados.
A altíssima abstenção, mostra que, pese a renovação da maioria absoluta do PS, há forte desencanto, e os partidos da oposição, sem excepção, não conseguiram levar os eleitores às urnas de voto. As suas propostas de alternativa não chamaram novos eleitores, ou fizeram regressar antigos.
Não se sabendo hoje em dia em que quadrante ideológico se situa o PPM, poder-se-á dizer que à Direita, apesar do bom resultado do CDS, falta mais representatividade.
Mário Casa Nova Martins

domingo, outubro 19, 2008

Fernando Salgueiro de Sousa

Teve lugar ontem o lançamento do livro de Fernando Salgueiro de Sousa «Sombras do Tempo».
O subtítulo, «prosas e Poesia», é sugestivo do que vamos encontrar no seu interior.
Uma leitura recomendável.
Mário
Fernando Salgueiro de Sousa, nasceu a 13/06/1950, em Anobra – Condeixa, no distrito de Coimbra.
Possui a Licenciatura em Sociologia (incompleta), sendo Licenciado em Filosofia, pela universidade de Évora e tem o curso de Aptidão Pedagógica para formadores e professores.
É ex-combatente do Ultramar, ex-funcionário hospitalar e encontra-se actualmente aposentado como Técnico de Finanças.
Presentemente, colabora com a revista cultural Plátano de Portalegre
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(da contracapa)

Uma Casa Portuguesa

sábado, outubro 18, 2008

O Náufrago

"O" Meeting 2009

Norte Alentejano "O" Meeting 2009
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Taça de Portugal de Orientação Pedestre
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Alter do Chão
24 e 25 de Janeiro

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O NAOM 2009 é um Meeting de orientação Pedestre que faz parte da Taça de Portugal da Federação Portuguesa de Orientação (FPO).
O evento terá os apoios da Câmara Municipal de Alter do Chão e FPO e vai levar os melhores Orientistas nacionais a competir no Alto Alentejo.
A organização poderá disponibilizar monitores para acompanhamento para quem desejar conhecer a modalidade.
A 1ª edição realizou-se em Nisa (2007) e em 2008 em Castelo de Vide.
Em 2010 o evento realiza-se no Crato e fará parte da Liga Mundial para os Orientistas de Elite.

sexta-feira, outubro 17, 2008

Desabafos

É caso para se dizer que por uma vez Évora não acabou com uma referência de Portalegre. Referimo-nos à sua qualidade de sede de bispado.
Desde o passado domingo que Portalegre voltou a ter bispo residente. O anterior não resistiu ao “encanto” da sé de Évora, e abalou praticamente como chegou, isto é, um desconhecido que passou por Portalegre e que não deixou nem obra, nem talento, e muito menos saudade.
É verdade que para haver bispo é preciso que haja crentes, clero, e sobretudo Fé. Curiosamente o novo bispo encontrará um clero envelhecido, as igrejas vazias, e quanto a Fé, só Deus o sabe!
A diocese de Portalegre – Castelo Branco é atípica em termos geográficos. Abarca partes de três distritos, Santarém, Portalegre e Castelo Branco. Em cada um deles há vivências religiosas distintas. A religiosidade da Beira Baixa, confronta-se com a pobreza religiosa do Alentejo, enquanto a zona norte do Ribatejo fica-se pela metade. Teria sido preferível aproveitar este tempo de vacatura de bispo, para que este espaço se reorganizasse em termos de bispado.
Assim não aconteceu, e agora o novo bispo pouco pode fazer neste universo de falta de padres e de fiéis. Sem “exército”, muito ou nada pode alterar na diocese. E tanto que há para fazer! A Fé continuará longe dos corações das ovelhas deste rebanho, e o anacrónico de uma vivência religiosa será o quotidiano.
D. Antonino Eugénio Fernandes Dias, antigo bispo auxiliar de Braga, agora bispo de Portalegre – Castelo Branco, tem pela frente uma tarefa digna de Hércules. A sua Fé ajudá-lo-á. Assim também o ajudem o clero e os fiéis que apascenta.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 17/10/08
Mário Casa Nova Martins

terça-feira, outubro 14, 2008

Leilão

Em 13 de Fevereiro passado, acusámos a recepção do Catálogo da primeira parte do Leilão de obras da denominada Ex - Colecção Ernesto Viana.
Agora chegou-nos o Catálogo da segunda parte, também ele “recheado” de obras de raras em todos os sentidos.
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Na mesma leva de correio, veio outro Catálogo da Renascimento, agora com o título “Antiguidades, Pintura e Artes Decorativas, e subtítulo “Colecção de Arte Asiática do Embaixador José de Mello Gouveia e outras proveniências”.
De qualidade superior, para variadas “bolsas”, enfim, em tempo de crise, bom investimento. [mj]

Crónica de Nenhures

Bolsa de Valores de Nova Iorque
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Paliativos que agravam
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A crise económica e financeira não tem fim à vista. Quem pense que as medidas tomadas por governos e bancos centrais de diferentes continentes vai resolvê-la por si, está redondamente enganado.
A resolução deste tipo de crises não está no mediatismo das medidas, sempre conjunturais, mas sim no ir ao cerne da questão e tomar as medidas, por mais duras que elas sejam. E hoje quem as podia e devia tomar está fragilizado pelo primado do Regime Democrático, o voto dos Cidadãos. A angústia das Eleições é o jantar de cada dia.
Injecções de grandes somas de capital no mercado, intervenção parcial em entidades bancárias que atravessam problemas de liquidez, medidas que os Estados estão a implementar, são contraproducentes. É fundamental deixar que a bolha especulativa rebente de vez, tal com é fundamental que os bancos que tenham que abrir falência a abram. E as medidas quer dos governos, quer dos bancos centrais, vão exactamente ao invés!
Todo este problema, que tem muito de psicológico, veja-se a instabilidade dos mercados financeiros que num dia têm perdas enormes e que no dia seguinte, face a uma pequena noticia que seja de intervenção estatal, abrem em alta, para depois paulatinamente regressarem ás perdas, tem a ver com a usura.
Empresas cotadas em alta, matérias-primas a atingirem valores recordes, são sinais de grandes negócios especulativos, e todos sem excepção, a breve prazo, serão penalizados. E enquanto as perdas apenas atingiam os pequenos investidores, nada de grave transpirava para fora dos círculos financeiros. Foi necessário que as grandes empresas começassem a sofrer os efeitos da especulação, para que a desconfiança nos mercados se desvanecesse de imediato, e a crise que era larvar, surge que nem um monstro pré-histórico.
Mário Casa Nova Martins

segunda-feira, outubro 13, 2008

Terrorismo

Rapto
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Urgente (Assembleia da República)
Precisamos da sua ajuda!!!
Grupo armado auto-denominado "Mensageiros de A-Ka" raptou esta manhã um grupo de deputados que se encontrava nos gabinetes da Assembleia da República (felizmente que às 11 horas não estavam lá muitos).
Estão a exigir o pagamento de 15.000.000,00 euros em troca da sua libertação.
Se o resgate não for pago dentro de 24 horas, vão regá-los com combustível e queimá-los vivos.
Estamos a organizar uma colecta e necessitamos da sua ajuda!!!!
Conseguimos até agora:
- 580 litros de gasolina sem chumbo 95
- 320 litros de gasolina sem chumbo 98
- 125 litros de gasóleo
- 175 de gasóleo agrícola
- 78 caixas de fósforos
- 21 isqueiros
Não mandem álcool, pois o mesmo pode vir a ser consumido pelos deputados.
Aceitam-se também botijas de gás.
Se você apagar esta mensagem, é porque não tem coração...
Por favor, leia e ajude...
PORTUGAL PRECISA DE SI!!!
_______
By mail, from 'Esta Terra do Fim do Mundo'

Revista Plátano

n.º 4

domingo, outubro 12, 2008

Crónica de Nenhures

História Exemplar
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O Expresso* lembra um episódio da História recente de Portugal. Passado em plena dita “Primavera Marcellista”, recorda como à Direita se fazia política.
Se Adriano Moreira ou Antunes Varela, ambos num certo tempo considerados delfins de Salazar, eram “inofensivos” para Marcello Caetano, o mesmo não se podia dizer de Alberto Franco Nogueira.
Franco Nogueira foi ministro de Caetano a contra-gosto. Nunca acreditara e muito menos confiara em Caetano e no Marcellismo. Arregimentara um grupo de pessoas descontentes com o rumo que Caetano imprimia à sua governação, principalmente jovens, “jovens turcos”, que à sua volta combatiam pela Direita o Regime.
Marcello Caetano temia esta gente. Dava mais liberdade à esquerda dita liberal que a estes. A polícia política seguia mais as movimentações deste grupo informal que os ditos liberais.
O afastamento de Franco Nogueira da Assembleia Nacional era uma forma de o silenciar, “tirando-o” de um lugar onde, pelo dom da palavra que tinha, podia desmontar os males do Marcellismo. Há muito que mostrara o seu incómodo perante a situação política interna e externa, e era uma voz credível, mesmo para os opositores do Estado Novo, ele que da Oposição viera, chamado por Oliveira Salazar.
A par da sua saída, privilegiava-se a denominada “Ala Liberal”. Caetano julgava que estes dois factos, paralelos mas contrários, o iriam legitimar, afastando resquícios do Salazarismo e gerando uma nova elite política de cariz tecnocrático e progressista. Como sempre, enganou-se.
Curiosidades de uma época que, sem qualquer surpresa, era o estertor do Regime.
O que não terá deixado de ser exasperante para Marcello Caetano, é que ele, um dos principais, se não o principal teórico do Corporativismo Português, foi arreado do Poder por um Golpe de Estado de cariz acentuadamente Corporativista, a Revolução dos Cravos!
Mário Casa Nova Martins
* Expresso, 11 de Outubro de 2008 PRIMEIRO CADERNO 13