\ A VOZ PORTALEGRENSE: Luís Filipe Meira

sábado, fevereiro 20, 2010

Luís Filipe Meira

.
Portalegre JazzFest
.
Capitulo 1
.
Teve início a noite passada no Centro de Artes a 8.ª edição do Portalegre JazzFest. Como já aqui foi referido, as honras de abertura foram para Carlos Barretto (CB) e o projecto Lokomotive, que conta com José Salgueiro na bateria e o guitarrista Mário Delgado. É recorrente dizermos que Barretto é um dos melhores músicos de Jazz portugueses. Mas CB é muito mais que isso. É um músico enorme que conhece o seu contrabaixo perfeitamente e que consegue potenciar um instrumento de tão difícil execução para níveis elevadíssimos. Perfeita foi também a unidade demonstrada por todo o grupo a que não é alheio certamente o facto de estarem na fase final da gravação de um novo disco. Grande concerto.

Mais complicada foi a actuação do Pocketbook of Lightning, o duo de Nuno Rebelo e Marco Franco, aqui com a colaboração do saxofonista Tom Chant. Assente em conceitos estéticos perto da música electrónica e do free jazz, vagamente inspirados em compositores como Edgar Varêse ou John Cage, este trio praticou uma música já de si de grande complexidade e que pode afugentar o ouvinte menos avisado quando exibida sem condições ou seja num espaço de Café Concerto que naturalmente tem um ruído ambiente que só prejudica a concentração dos músicos e dos espectadores interessados, pois os mirones não dão por nada. Para projectos deste tipo o pequeno auditório é definitivamente o local ideal.

Para hoje temos pelas 18 horas José Duarte o decano dos críticos de Jazz portugueses que promete manter com os interessados uma conversa informal sobre Jazz
Pelas 21.30h teremos o muito aguardado concerto do José James Quartet que aglutina o melhor da música negra da Soul ao Jazz, dos Blues ao Hip Hop.
No espaço Café-Concerto temos mais um After Hours com o Trio Lisboa Berlim, outro grupo que se dedica à música improvisada e experimental. Podemos ter aqui outro bico-de-obra pelas razões expostas atrás.

A ver vamos e… lá nos encontramos!
Luís Filipe Meira