\ A VOZ PORTALEGRENSE: Luís Filipe Meira

sexta-feira, junho 25, 2010

Luís Filipe Meira

Realiza-se esta sexta-feira nos Claustros do Convento de Santa Clara a apresentação de Eclips, um novo projecto de musicos portalegrenses que nasceu a partir duma paixão comum; o amor à musica dos Pink Floyd.
O projecto Eclips, que tem vindo a tomar forma desde Setembro do ano passado, é formado por oito experientes músicos de proveniências diversas e gostos variados, e que têm no entanto a música dos Pink Floyd como ponto de aproximação.
Os Pink Floyd, banda inglesa que nasceu no longínquo ano de 1964, conta mais de 300 milhões de discos vendidos em todo o mundo, e podemos pacificamente considerá-la como um das mais influentes e populares bandas da história da música pop/rock, sendo transversal a várias gerações de músicos e de melómanos.
O alinhamento do concerto viaja através dos discos mais emblemáticos dos Pink Floyd, centrando-se principalmente em The Wall (1979) e que marcou na práctica o fim do grupo, já que álbuns como The Final Cut (1983), A Momentary Lapse of Reason (1987) e The Division Bell (1994) são álbuns desiguais e que mais não fazem do que reflectir as divergências entre os membros da banda.
Este concerto do projecto Eclips entra ainda por Dark Side of The Moon (1973) e Wish You Here (1975) talvez – esqueçamos por agora os Floyd de Syd Barrett – os dois álbuns mais populares mas também mais consistentes dos Pink Floyd, pois The Wall, apesar da sua grandiosidade e popularidade, é um álbum demasiado longo que alterna temas muito conhecidos com outros totalmente obscuros e falhados, tendo, também, na minha opinião pouca personalidade para um disco conceptual. Começava aqui a transparecer que as coisas não iam nada bem entre David Guilmour e Roger Waters.
Mas estes factos não serão determinantes no concerto-tributo que o projecto Eclips vai oferecer à cidade de Portalegre. E o espectáculo que está a criar imensas expectativas como se pode comprovar pela página da banda no FaceBook.
Cá estarei para contar como a coisa correu...
Luís Filipe Meira