Desabafos
Quando em 29 de maio de 2009 falava pela última vez no ciclo
dos «Desabafos», longe estava de imaginar qual o rumo que o País e o concelho
onde vivo seguiriam.
Permita-se que diga que uma das leituras que mais me
fascinam na Bíblia é o Apocalipse de João. Mas se então imaginasse, ou sequer
sonhasse que hoje dia 18 de setembro de 2012, o que acontece em Portugal e em
Portalegre, diria que tudo não tinha passado de um pesadelo, de um sonho
apocalíptico.
O presidente eleito
do concelho de Portalegre borregou há cerca de um ano. Fugiu das
responsabilidades e dos compromissos assumidos no ato de tomada de posse
perante os Munícipes, deixando Portalegre como a capital de distrito com a
maior dívida por habitante. E face às leis em vigor na República Portuguesa, não
é possível responsabilizar criminalmente o "fugitivo" pela gestão danosa que
fez ao longo de uma década no Município de Portalegre.
No Governo da Nação, o primeiro-ministro de 2009 deu lugar a
um novo. Mas de 2009 para este setembro de 2012, a política seguida apenas teve
mudança de protagonistas. E caracteriza-se a política seguida neste últimos
três anos e três meses como uma evolução na continuidade.
Não há coragem para se fazerem as mudanças estruturais que
Portugal necessita e com urgência. E se não são feitas, é porque elas tocam nos
privilégios da classe política!
Assiste-se à destruição da classe média, ou se se quiser, da
pequena e média burguesia portuguesa. E esta faz parte do tecido social e
económico de uma Nação.
Desta forma, todas as medidas que o Governo tem tomado para
combater seja o défice das contas públicas, seja a crise que assola o Ocidente,
da União Europeia aos EUA, nada farão senão agravar ainda mais a situação de
Portugal e dos Portugueses.
Mário
Casa Nova Martins
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