\ A VOZ PORTALEGRENSE: Desabafos 2013/2014 - XII ||| O Diabo

quinta-feira, abril 10, 2014

Desabafos 2013/2014 - XII ||| O Diabo


Se há algo tão importante como a vida, esse algo é a água, concretamente a água potável.
Se se disser que hoje no planeta Terra existe a mesma quantidade de água potável do que no tempo em que os dinossauros viviam, então pode-se dizer sem qualquer dificuldade que o bem mias precioso que a Humanidade tem ao seu dispor é justamente a água potável.
Mas, que tão mal o homem trata a água potável, um bem que com o aumento da população mundial, a par do aumento da sua utilização para outros fins, se torna cada vez mais escassa, e de difícil acesso a milhões de seres vivos que dela necessitam para sobreviver.
A poluição de aquíferos, rios e albufeiras é uma constante, sempre em nome de um progresso que mata não só a biodiversidade da natureza, como no fundo o próprio homem.
No passado sábado dia 22 de março celebrou-se mais um denominado «Dia Mundial da Água». Como tal efeméride é muito importante, passou despercebida. Mas a água é cada dia que passa o mais disputado dos recursos naturais.
Sabe-se que a problemática das alterações climáticas passou há muito para a esfera do debate político, enfraquecendo-a, e, pior, falseando dados para a adaptar aos interesses económicos de um capitalismo selvagem, seja ele de Estado ou Privado.
Assim, as guerras da água em cada vez mais regiões do planeta, têm também contornos políticos.
E na Península Ibérica há que não esquecer os transvases que a Espanha faz, a seu belo prazer!, e também recordar o cíclico incumprimento espanhol em períodos de menor pluviosidade dos caudais mínimos dos rios internacionais ibéricos.
Face a esta situação, que o tempo só tende a agravar, apenas um caminho resta a Portugal, que é a construção do maior número de barragens para armazenar a água com a qual os céus presenteiam esta Nação cada vez mais abandonada por Deus!
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 31/03/2014
Mário Casa Nova Martins
O Diabo, 8 de Abril de 2014, Ano XXXVIII, Nº 1945, página 23
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