\ A VOZ PORTALEGRENSE: fevereiro 2016

segunda-feira, fevereiro 29, 2016

Assobiar p'ró ar


«Uma imagem vale por mil palavras», diz o ditado popular, e no caso em questão, toda a razão lhe é dado.
Os tempos que se vivem são crepusculares, tempos de decadência, onde o deboche se tornou lei, é lei.
Os radicais tomaram conta da Ágora, e agora tudo lhes é permitido, tudo lhes é consentido.
Mas para que se chegasse a este ponto, «muita água correu debaixo das pontes».
Tibieza, cobardia, são adjectivos que «caiem que nem uma luva» naqueles que hoje vêm afirmar que o cartaz “é uma afronta aos crentes”.
E onde estavam estes ‘devotos’, quando muitos Crentes se uniram para impedir que leis como a que se refere o cartaz fossem aprovadas? «Assobiaram p’ró ar»!
O receio de causarem polémica, de ‘agitar as águas’, levou a que os factos se consumassem. E agora, qual carpideiras, vêm queixar-se de afronta, atentado à liberdade de expressão, respeito mútuo, tudo palavras soltas de quem há muito deixou de ser e de ter voz, de ser e dar exemplo, na sociedade portuguesa.
O que se seguirá será sempre pior do que está. Mais de quatro décadas de parlamentarismo levaram Portugal à negação da sua Identidade. Os Heróis há muito que debandaram. Viva a dissolução!

terça-feira, fevereiro 16, 2016

Desabafos, 2015/2016 - X

A Esquerda Menchevique-Trotskista-Leninista, vulgo PS-BE-PCP, usa a clássica metodologia, segundo a qual uma mentira mil vezes dita passa a ser verdade.
De acordo com o Orçamento de Estado para este ano de 2016, há uma subida de mais de mil milhões de euros de impostos a pagar por todos os dez milhões de portugueses, todos impostos sobre o consumo, sendo o aumento dos impostos indirectos superior a 6%.
E esta Esquerda, em uníssono, afirma, sem pudor e com o maior à vontade, que aumentar impostos nesta brutal dimensão significa acabar com a austeridade e aumentar a competitividade!
Os bens de primeira necessidade, como a água, a luz e a gás, tiveram aumentos. Os géneros alimentícios estão mais caros. O IMI, para os proprietários, subiu. Em suma, o que não subiu são os bens de luxo, inacessíveis à larguíssima maioria da população.
Mas o povo votou, o seu voto é soberano, e tem aquilo em que acreditou. Não se pode queixar. Mais de quatro décadas de parlamentarismo conduziram Portugal a várias bancarrotas, mas que interessa isso, se há futebol, fado, e toda uma série de atentados à Ética, à Moral e aos Princípios.
O que o povo quer é circo, carnavais, touradas, telenovelas, muito sexo, enfim, como diz o ditado popular, «quem vier a seguir que feche a porta»!
Portugal está cada vez mais endividado. Este ano, das «vacas gordas», o paraíso prometido pelos radicais esquerdistas, será no final de «vacas magras», o inferno na terra para milhões de portugueses. Mas como o povo acredita “nos amanhãs que cantam”, continuará feliz com a utopia/mentira esquerdista de que a austeridade acabou!
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 15 de Fevereiro de 2016

terça-feira, fevereiro 02, 2016

Desabafos, 2015/2016 - IX

O ainda Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, vetou a adoção entre casais do mesmo sexo e o fim das taxas moderadoras no aborto.
Desta forma, Cavaco Silva deixa mais uma marca na sua passagem de uma década no Palácio de Belém.
Coerente com os Princípios e Valores que defende, e que nestas duas áreas são os mesmos que defendemos, mostra que mais importante que os denominados «sinais dos tempos» ou o malfadado «politicamente correcto, Cavaco Silva coloca as suas convicções acima de tudo. O que só o honra.
As justificações apresentadas para os dois vetos, no caso da adoção por casais do mesmo sexo justificando que se tratava de uma alteração radical e muito profunda no ordenamento jurídico, e no caso do aborto afirma a ausência de devido debate público, são fundamentadas.
Mais preocupada com as denominadas «causas fraturantes» do que com a solução dos verdadeiros problemas dos portugueses, que não são mais do que “carne para canhão” para as suas distopias geradoras de totalitarismos, a Esquerda Radical não contrapõe, e à falta de argumento limita-se a insultar o Presidente da República, mostrando uma vez mais o seu cariz, o seu carácter antidemocrático.
Sabe-se que no Parlamento a dita ‘maioria de Esquerda’, mencheviques do PS, trotskistas do BE e leninistas do PCP, irá novamente aprovar estas leis, mas a tomada de posição de Aníbal Cavaco Silva fica para a História.
Enquanto a Esquerda radical ulula, a Igreja Católica mantém-se silenciosa. O que era de esperar! Há muito que a Igreja Católica deixou de ter voz na sociedade portuguesa. E quando a tem, não só é tímida, como surge quando tudo é irreversível.
É por isso que a tomada de posição de Cavaco Silva ainda se torna mais importante.
Que fique bem claro que estamos nestes dois momentos com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 1 de Fevereiro de 2016